quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

38. A MISSÃO ANGLO-SAXÔNICA ENTRE OS GERMÂNICOS.





I. Willibrordo. 

1. No início do século VIII não estavam ainda asseguradas as bases do Ocidente cristão:
a) nem por parte cristã-eclesiástica: pois precisamente neste setor houve aqui, no continente, sintomas muito graves de debilidade (veja mais adiante); os pagãos frisões e saxões se voltaram ofensivamente contra o Ocidente; as igrejas territoriais autônomas, situadas umas junto a outras, favoreciam mais a uma evolução secessionista;
b) nem por parte da constelação política: que estava muito longe de ter um seguro equilíbrio. Por uma parte, uma potência política mundial ameaçava a existência do cristianismo e, por outra, estava em jogo sua unidade. Os centros perigosos eram: o Islam; a política antipapal de Bizâncio (o imperador Leão, o iconoclasta, § 39); a oposição das forças políticas dentro do Império franco e suas desavenças com os principados fronteiriços; as pretensões dos longobardos sobre Roma e Itália.
No império dos francos a situação se estabilizou depois da vitória sobre os árabes (Poitiers, 732) com a subida ao trono do mordomo do palácio Carlos Martel, lograda com a ajuda da nobreza e do episcopado. Estes nobres, sem problema, receberam a devida recompensa com a alocação de bens eclesiásticos. A Igreja territorial franca ficou, pois, ainda mais estreitamente vinculada ao status político do império.
2. A pergunta — que retrospectivamente poderíamos formular — se refere a como e por que o império franco pode ser o centro de integração de uma unidade ocidental. A Igreja territorial franca estava excessivamente isolada para lográ-la; só uma integração de toda a Igreja podía fazer tangível a unidade.
O haver preparado isto é, precisamente, o mérito de São Bonifácio.


Ele aproximou las duas potências, o "papado" e o "império franco" (que somente tinha confusas idéias de um em relação ao outro), até tal ponto que houve possibilidade de uma firme aliança. A evolução política foi a que converteu a dita possibilidade em um fato. É certo que quando o Papa Gregório III no ano 739 se dirigiu pela primeira vez a Carlos Martel pedindo-lhe proteção, o mordomo, aliado com os longobardos, negou.

Papa Gregório III

Mas com a autêntica união entre o Papa Estevão II e o rei Pepino no ano 753/54 chegou "um dos grandes momentos da história universal; nesse instante se criou o Estado guerreiro-sacerdotal, que é a base de toda a evolução européia" (Ranke).

Papa Estevão II  

                                                                     Pepino o breve

3. Apareceram os missionários beneditinos da Igreja anglo-saxônica, pregando com a cruz ao alto, primeiramente diante dos frisões (costa do Mar do Norte, desde a Bélgica até Weser). O rude sentido de independência deste povo se opôs à cristianização durante muito tempo. Depois dos fracassados esforços do bispo de York, Wilfrido (+ 709) e alguns outros, no ano 689 Willibrordo (+ 739), discípulo de Wilfrido, desembarcou nesta terra com outros onze companheiros.

São Wilfrido

Trabalhou em conivência com o mordomo franco Pepino o Breve, a quem visitou pessoalmente, e de acordo com o papa. Duas vezes viajou a Roma. Em sua segundo viagem (695) foi consagrado arcebispo pelo papa Sérgio (687-701).
Papa Sérgio I

Por indicação de Pepino estabeleceu sua sede em Utrecht. No ano 698 Santa Irmina (da nobreza franca?) apresentou bens para fundar o mosteiro de Echternach (no atual Grande Ducado de Luxemburgo).

Santa Irmina

Ele converteu em seminário de missionários. Em certo sentido Echternach foi o ponto de partida da missão definitiva da atual Alemanha. Pois muito provavelmente Willibrordo enviou dali, no ano 719, a Bonifácio do Oriente, quando Bonifácio recusou seguir trabalhando na mesma missão frisã. Também alí, depois de uma vida cheia de trabalhos e êxitos, foi enterrado o "apóstolo dos frisões." Nos séculos seguintes Echternach se converteu em um importantíssimo centro de cultura e de religião cristã (produção de livros!) e logo, através dos séculos, foi uma célebre abadia do império.


O discípulo e companheiro de São Willibrordo tinha que superar a seu mestre. Bonifácio é o propagador, purificador e organizador da Igreja na Germânia e no reino dos francos ocidentais.

1. Wilfrido (assim se chamava) nasceu em 672 (talvez também da nobreza anglo-saxônica?). Desde jovem já levava o hábito de São Bento. Cumpridos já os quarenta anos, deixou o convento para entregar-se ao trabalho missionário, pelo qual viveu quase outros quarenta anos. Sua primeira viagem aos frisões, donde trouxe todo o trabalho de Willibrordo acreditava poder encontrar um bom ponto de partida para suas tentativas de conversão, não teve éxito algum. Precisamente então, no ano 716, Radbod, duque frisão pagão, havia reconquistado a Frísia submetida aos francos cristãos. Uma segunda viagem levou a Wilfrido da Inglaterra diretamente a Roma. Ali, no ano 719, o Papa Gregório II, depois de conceder-lhe o nome romano de Bonifácio (por um mártir da Cilícia), o admitiu na família papal (ainda que não no sentido jurídico) e o enviou à Germânia com o mandato geral de ser missionario (até 721 com Willibrordo na Frísia; em 722 em Hessen; fundação de um primeiro mosteiro: Amöneburg).
Bonifácio, como os monjes dos mosteiros anglo-saxões em geral, esteve fortemente enraizado no espírito popular de seu povo. Como consequência, ele, o "novo" saxão, se sentiu especialmente atraído por seus companheiros de tribo no continente, pelos saxões. Ainda que o mesmo não chegou a evangelizar estas tribos (porque o Papa Gregório III, no ano 737/38, com bom critério não autorizou seu plano orientado neste sentido), a missão saxã, nem porém, foi sempre a aspiração secreta de sua vida, ao que esteve especialíssimamente dedicada sua oração e a de seus amigos. Seus diversos trabalhos missionários devem ser em boa parte valorizados como etapas preparatórias de seu caminho até os saxões.

2. Em sua segunda viagem a Roma (722) Bonifácio prestou juramento de fidelidade a Gregorio II 22, similar ao que até então só os bispos dos alredores de Roma estavam obrigados a prestar, e foi consagrado bispo da missão (sem sede fixa).
Papa Gregorio II

Agora se chegaram os grandes êxitos. Cerca de Geismar, a azinheira de Donar caiu em mãos do arauto da fé: um verdadeiro juíz de Deus aos olhos dos pagãos presentes. A missão de Hessen foi coroada com a fundação do mosteiro de Geismar. Durante o ano 724 pode dar-se por terminada a verdadeira evangelização dos pagãos.
Seguiu logo a tentativa de purificar e aprofundar a vida cristã. Em Hessen, e mais ainda na Turíngia, ficavam ainda cristãos dos primeiros tempos. Mas o nível desta cristandade imatura ou abandonada a si mesma era terrivelmente baixo em suas brutas manifestações externas, que às vezes chegavam a concretizarem-se em múltiplas formas de superstição e paganismo. Bonifácio também teve então que lutar, como durante toda sua vida, contra o antigo clero, totalmente desconsiderado, que dentro do Império franco se correspondia com uns bispos da mesma estirpe, proprietários de terras e casados.
Com a ajuda de grande número de colaboradores provenientes da Inglaterra (entre outros Lull e Burchard), a que se somaram valiosos elementos dos mosteiros femeninos ingleses (Santa Tecla; Santa Lioba, parente e amiga sua), completou o santo sua obra missionária ao oriente do Reno e na atual Francônia com a ereção de vários mosteiros (também mosteiros de monjas: Tauberbischofsheim, Kitzingen e Ochsenfurt, que se converteram nas primeiras instituições cristãs para a educação de meninas na Alemanha). A amplidão de seu campo de trabalho o obrigou, com farto sentimento, a empregar também sacerdotes insuficientemente formados.

3. Porém tanto, na cúria romana se reconheceu a importância da obra de Bonifácio e se o elevou à dignidade de arcebispo (732), mas sem atribuir-lhe uma arquidiocese. Uma terceira viagem a Roma [738/39] o serviu para apresentar um minucioso programa da tarefa que ficava por fazer. Se tratava principalmente da organização eclesiástica. O trabalho se iniciou com a ajuda de Odílio, duque da Baviera, na Igreja bávara.
Apesar da atividade de Ruperto de Worms em Salzburgo, de Emerano em Ratisbona e de Corbiniano em Freising, na Igreja bávara só havia então um bispo: o de Passau. Bonifácio dividiu a Igreja bávara em quatro bispados (Salzburgo, Passau, Freising e Ratisbona). Posteriormente se agregou Eichstätt. Novos conventos se converteram em focos de vida religioso-eclesiástica. Os sínodos provinciais ajudaram a eliminar deficiências e fomentaram todo tipo de bens.
No Império franco propriamente dito Bonifácio não pode empreender a organização da Igreja erigindo novas diócesis até depois da morte de Carlos Martel (741), sob a proteção de Carlos Magno e do menos fervoroso Pipino.
Carlos Magno

Em Hessen-Turíngia erigiu os bispados de Würzburgo, Erfurt e Büraburg (742). Para eles pediu expressamente ao papa as bulas de confirmação, coisa que até então nunca havía sucedido. Enquanto esteve em sua mão, pois, Bonifácio transmitiu à Igreja franca sua vinculação pessoal com o papa, contraída por ele mediante seu juramento de fidelidade no ano 722, extendendo assim a jurisdição papal a esta Igreja; um proceder de incalculável importância.
Bonifácio se converteu de fato no primado do reino franco-oriental (Austrasia). Ele se fez patente na decisiva participação que teve no primeiro concílio geral franco-oriental do ano 743 (o chamado Concilium Germanicum, convocado por Carlos Magno, que publicou seus decretos e os deu com isto força de lei). Alí fez que os bispos prestassem juramento de fidelidade ao papa: uma nova ampliação da jurisdição pontifícia. Aos mosteiros exigiu-os a introdução da regra de São Bento; se regulou a educação do clero e do episcopado, que segundo as descrições das cartas do santo estavam em sua maior parte incrívelmente corrompidos desde o punto de vista moral (proibição da caça e do serviço das armas). Os bens arrebatados às igrejas deviam serem devolvidos (mas não suscedeu assim).

4. Em seguida, o raio de ação do santo se ampliou novamente. Pelo Concílio de Soissons (744) e pelo primeiro concílio geral franco (745), Bonifácio apareceu (naturalmente com a aprovação do mordomo) inclusive como chefe supremo da Igreja de Neustria e, pelas decisões conciliares, também como seu reformador.
Pela introdução da constituição de metropolitas, também então expressamente decretada, fracassou ante a oposição do antigo episcopado franco, apesar do êxito das gestões com o papa. O mesmo Bonifácio não chegou a ser metropolita com sede em Colonia, como se havia decretado, senão que recebeu o bispado de Maguncia (746).
Em seu enérgico proceder contra indignos membros do clero, Bonifácio encontrou a natural oposição. Os bispos francos nativos, casados em sua maioria, que só pensavam em dinheiro, no prazer e no poder, se mostraram contrários desde os primeiros anos até o fim à vida de missionário. Não venceu totalmente a resistência, mas se iniciou a reforma e a organização canônica com clara visão do objetivo, de modo que eles mesmos puderam logo desenvolverem-se orgânicamente. Logrou o que se propôs: a renovação das Igrejas da Germânia e da Gália e, de acordo com as tradições da Igreja de sua pátria inglesa, fundada por Roma, sua união com o centro determinado pela vontade divina. Em um sínodo do ano 747, Bonifácio consseguiu que os bispos francos anunciassem que "eles haviam decidido manter firmemente sua unidade com a Igreja de Roma e a submissão à mesma."

5. Como escola modelo e seminário para toda Alemanha, Bonifácio fundou no ano 746 o mosteiro de Fulda, nomeando abade do mesmo o bávaro Sturm. Para o mosteiro obteve, mediante indulto papal, isenção completa no sentido de independência canônico-eclesiástica de qualquer bispo diocesano (tem aqui outra notável ampliação do poder pontifício na Igreja territorial franca 23). O mosteiro de Fulda foi também (como os mosteiros ingleses) um centro de formação. Fulda foi a alegria do ancião missionário, convertendo-se em um centro de atividade religiosa, econômica, científica e artística. Bonifácio foi enterrado também em Fulda, quando, retornando a seu primeiro amor, fazendo uma viagem de missão à Frísia (seu bispado de Maguncia já o havia assegurado previamente para seu discípulo Lull), morreu martirizado junto com alguns companheiros no ano 754, com idade aproximada de oitenta anos.

6. Nos últimos decênios, a São Bonifácio se tem negado o título honorífico de "apóstolo dos alemães." O conceito de "alemães" não se corresponde, efetivamente, com o de "germânicos," os evangelizados por Bonifácio; tampouco foi ele o único que trouxe a luz do evangelho às tribos das quais posteriormente se formou o povo alemão; ainda, foi missionário em uma época em que a tarefa missionária já não se centralizava preferencialmente nos pagãos. Nem porém, este título tem sua razão de ser: a) primeiro porque foi muito relevante a região em que o santo evangelizou os pagãos (parte da Frisia, Hessen, Turingia); b) porque, ainda, purificando e reavivendo antigos centros eclesiásticos, conseguiu lograrem decisivos; c) porque, mediante a organização eclesiástica, deu nova vida real e duradoura a toda a Igreja franca; d) e finalmente, o mais importante: 1) porque de forma profunda e indelével inculcou novamente na consciência da Igreja franca o ideal cristão e, mais concretamente, o sacerdotal, segundo as normas da Igreja antiga; e 2) porque toda sua tarefa, como ele mesmo disse, foi uma legatio romana, porque trabalhou expressamente como representante do papa. Em resumo, ele penetrou até mesmo ao centro da Igreja 24; somente assim pode prestar apoio às débeis igrejas territoriais. O fato de que Bonifácio "como legado do papa fortalecera a influência de Roma na Igreja alemã por ele dirigida, únicamente se pode a ele reprovar caso se pensa de um modo completamente anti-histórico" (Heuss). Porque com ele "deu tanto à cristandade alemã como a toda a cristandade ocidental o impulso vital decisivo, potente e fecundo, pelo qual se alcançou o esplendor da Igreja e com ele a civilização da Idade Média" (Sohm).
Naturalmente, não há quem esqueça que Bonifácio teve que realizar todo seu trabalho de reforma dentro do marco característico das igrejas territoriais. Pois Carlos Magno e Pipino consideraram a reforma da Igreja como coisa enteiramente suas. As declarações do mordomo da Austrasia no ano 743 no Concilium Germanicum e as de seu irmão Pipino em Soissons no ano 744 exigem esta interpretação. Os bispos reunidos figuraram como conselheiros, o mordomo promulgou as decisões eclesiásticas em suas capitularia como leis. Isto se deve a que nos concílios também tomavam parte os grandes do mundo.

7. Enquanto à situação religioso-política do Império franco antes de São Bonifácio (§ 37), seu trabalho pode considerar-se válido também para o Ocidente: a revitalização dos sínodos, seu proceder contra os usos e os costumes pagãos, o nomeamento de bispos zelosos da reforma e, entre outras coisas, sua tentativa de designar arcebispos. Estes obtinham seu poder mediante a recepção do Pallium, enviado diretamente do papa.
Recepção do Pallium

Isto deu origem a relações frequentes, ordinárias e regulares com o mais importante e autorizado defensor da idéia da antiga Igreja e com o centro de pensamento e de ação da Igreja universal: como temos visto, um meio essencial para lograr a unidade do Ocidente, tão ansiada como necessária para o saudável desenvolvimento do cristianismo.
Tudo isto, porém, não quer dizer que as tribos evangelizadas por Bonifácio se converteram em sua maioria em cristianismo pleno e conforme a revelação bíblica. Segundo posteriores manifestações do santo, seu juízo do ano 742 sobre a situação moral e religiosa de seu rebanho segue sendo mais ou menos válido: "Os povos da Germânia tem sido em certo modo sacudidos e levados ao bom caminho."

22. Neste juramento: "A ti, santo apóstolo Pedro e a teu sucessor... Gregório e seus sucessores..., por este teu santo corpo," ele não prometeu somente a fé e a unidade católica, a fidelidade e a obediência ao sucessor de Pedro, senão também "não fazer causa comum com os extraviados" e informar minuciosamente a Roma. De atuar contra esta promessa, sería considerado culpável do juízo eterno e do castigo de Ananías e Safira. Esta declaração de juramento "a tenho escrito com minha propria mão... e, como é costume, a tenho depositado sobre o santo corpo de São Pedro e o tenho jurado diante de Deus, juiz e testemunha." Um dado significativo das intenções político-eclesiásticas do missionário germânico, que pensava (e devia atuar) de modo tão decididamente eclesiástico-universal, é que havia apagado da fórmula de juramento a referência habitual ao direito romano e ao imperador romano do Oriente.

23. Antes que Fulda, tivesse obtido o privilégio da isenção Bobbio, o mosteiro de Columbano; aqui tinha tratado simplesmente de assegurar a vida monástica contra eventuais ataques do exterior (segundo o modelo irlandês).

24. E isto também no concernente ao humano-pessoal: "Qualquer alegria ou dor que me saisse fora do passo, costumava comunicá-lo ao sumo sacerdote sucessor dos apóstolos."

sábado, 21 de janeiro de 2012

Sou contra o aborto pois em primeiro lugar é assassinato que é pecado gravíssimo e desrespeito à vida alheia.


Leia com atenção e tenha piedade de nossas crianças.


Janeiro : mamãe descobriu que eu era um menino.

Fevereiro : mamãe e papai brigaram acho que foi por minha causa mais fiquei quietinho..

Março : chutei sua barriga, desculpe mamãe, foi sem querer.

Abril : mamãe e papai brigaram de novo e falaram de uma coisa que eu não sabia, falaram de um tal de ''ABORTO"

Maio : mamãe foi no medico, ele pediu para q ela deitasse na cama, senti algo puxando meu pezinho, pensei que era hora de eu nascer, e de ver minha linda
mãezinha.. de repente, vi tudo ficar escuro.

PORQUE ME MATOU MAMAE? TE AMAVA TANTO ...

DIGA NÃO AO ABORTO.. ABORTO É PECADO E 
É CRIME!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

CONCERNENTE À TRADIÇÃO DOS CABELOS E BARBAS LONGAS


CONCERNENTE À TRADIÇÃO DOS CABELOS E BARBAS LONGAS

 

Traduzido pelo Presbítero Pedro Anacleto

A questão da adequação dos cabelos e barbas longas é freqüentemente posta para o tradicional clero Ortodoxo. Um artigo completo está na Vida Ortodoxa sobre a vestimenta do clero na questão J. / F. 1.991 questão. Neste momento, gostaríamos de abordar o tema do clero aparência do cabelo, ou seja cabelos e barbas.
Qualquer um olhando para fotografias e retratos do clero na Grécia, Rússia, Romênia e outros países ortodoxos tomadas no início do século XX (*n.t. tempo anterior aos maçons infiltrados na Santa Igreja introduzirem suas reformas, separando-se dos genuínos ortodoxos, arrastando multidões com eles a uma nova doutrina diferente da ensinada pelos Santos Pais e perseguindo e até assassindo os verdadeiros ortodoxos)


Santo Padre Miguel, mártir russo, com sua filha


Santo Padre Nicolau, mártir russo, com seu neto


vai notar que quase sem exceção, tanto os monges e o clero casado, padres e diáconos, usavam barba e cabelos não cortados. Somente após a Primeira Guerra Mundial, observamos uma nova aparência, moderna, clero com cabelos cortados e sem barba. Desta forma continuaram entre alguns membros do clero até nossos dias. Se fosse para investigar este fenômeno em termos de um único clérigo cuja vida atravessou a maior parte do nosso século, provavelmente, observaremos o modernizar de seu estilo desde as primeiras fotografias através do passado.

Há duas razões dadas como uma explicação para esta mudança: é dito, "Devemos estar em conformidade com a moda, não podemos parecer como os camponeses!" Ou ainda mais absurdo: "Minha esposa não vai permitir isso!". Tal raciocínio é a linha da "dogmática" dos modernistas que tanto desejam imitar a moda contemporânea (se barbas estão "in" {*n.t. na moda, como dizem “gente in”} , eles usam barba, se barbas estão "out" {*n.t. fora da moda, como dizem “gente out”}, eles raspam), ou são ecumenicamente lembrados, não querendo ofender o clero em denominaçõe fora da Igreja Ortodoxa. A outra razão é baseado em uma passagem da Sagrada Escritura onde São Paulo afirma, A própria natureza não vos ensina que é uma desonra para o homem usar cabelo comprido?”(I Coríntios. 11:14) EM RESPOSTA À PRIMEIRA JUSTIFICATIVA, A TRADIÇÃO ORTODOXA CONDENA DIRETAMENTE O MODERNISMO E ECUMENISMO. É necessário, no entanto, lidar com mais detalhes com o argumento em que bases está o supracitado nas Sagradas Escrituras.


A piedade Cristã Ortodoxa começa na Sagrada Tradição do Antigo Testamento.Nosso relacionamento com o Senhor Deus, santidade, adoração e moralidade foram formados nos tempos antigos das (*n.t. Sagradas Escrituras) Bíblia. Na época da fundação do sacerdócio o Senhor deu os seguintes mandamentos aos sacerdotes durante os períodos de luto, OS SACERDOTES NÃO RASPARÃO A CABEÇA, NEM OS LADOS DE SUA BARBA, E NÃO FARÃO INCISÕES EM SUA CARNE.”(LEVÍTICO 21:5) (*N.T. LEMBRAMOS QUE QUANTO A INCISÃO SERVE TAMBÉM AOS LEIGOS QUE SE PERFURAM COM BRINCOS, PIERCINGS E TATUAGENS, COSTUMES TODOS FORA DA TRADIÇÃO JUDAICO-CRISTÃ E EM NOSSO TEMPO ADOTADO DE CULTURAS PAGÃS), E PARA TODOS OS HOMENS EM GERAL, NÃO CORTAREIS O CABELO EM REDONDO, NEM RAPAREIS A BARBA PELOS LADOS.” (Lv 19:27). O significado desses mandamentos é para ilustrar que o clero esta a dedicar-se completamente ao serviço do Senhor. Os leigos, também são chamados a um serviço semelhante, embora sem as funções sacerdotais (*n.t. todos os batizados em Cristo são revestidos dEle, havendo como explica o autor sem as funções, ou seja participantes pelo batismo e na Santa Comunhão da união em Cristo e por sua vez testemunhas do sacerdócio dEle, mas não ministro do sacerdocio dEle). Esta aparência tão como um mandamento foi repetida na lei dada ao Nazareno, Durante todo o tempo de seu voto de nazireato, a navalha não passará pela sua cabeça, até que se completem os dias, em que vive separado em honra do Senhor. Será santo, e deixará crescer livremente os cabelos de sua cabeça.” (Números 6:5-6).



O significado do voto Nazareno era um sinal de que o poder de Deus repousa sobre a pessoa que fez isso. Para cortar os cabelos significava cortar o poder de Deus, como no exemplo de Sansão (ver Juízes 16:17-19). A força dessas piedosas observâncias, foram transmitidas à Igreja do Novo Testamento, foram observados, sem dúvida, até aos nossos tempos atuais cheios de obstinação e da decorrente apostasia (*n.t. fruto do relativismo maçonico começado pela Revolução Francesa e suportados pelos infiltrados, para dividirem e reinarem). Por que, alguém poderia perguntar, o que fazem aqueles clérigos ortodoxos, rejeitando as piedosas ordenanças acima sobre o cabelo e continuam a observar o costume com a concessão de vários clérigos a cobrir a cabeça, uma prática que também tem suas raízes nas antigas ordenanças do Antigo Testamento (cf . Ex. 24:4-6) e a tradição da Igreja primitiva (ver St. Eusébio e Sto. Epifânio de Chipre sobre as mitras usadas pelos apóstolos S.João e S.Tiago)?


O próprio apóstolo Paulo usava o cabelo comprido como podemos concluir a partir da seguinte passagem, onde é mencionado que "bandas da cabeça," [Nota do divulgador do texto em inglês: ele então cita a palavra eslava usando uma fonte especial. Consultar o artigo original, se necessário.], E "toalhas" tocou em seu corpo foram colocadas sobre os enfermos para curá-los. As "bandas da cabeça" indicam o comprimento de seu cabelo (em conformidade com os costumes piedosos), que teve que ser amarrado para trás, a fim de mantê-los no lugar (cf. Atos 19:12). O historiador Egezit escreve que o apóstolo S. Tiago, o cabeça da igreja em Jerusalém, nunca cortou o seu cabelo (Christian Reading, fevereiro 1898, p.142, [em russo]).
Se a piedosa prática entre o clero e os leigos na comunidade cristã era seguir o exemplo do Antigo Testamento, como então devemos entender as palavras de São Paulo aos Coríntios citadas anteriormente (I Coríntios. 11:14)? São Paulo na citada passagem está se dirigindo a homens e mulheres que estão orando (cf. I Coríntios. 11:3-4). Suas palavras nas passagens acima, bem como em outras passagens sobre coberturas para a cabeça (cf. I Cor 11:. 4-7), são direcionados para os leigos, não ao clero. Em outras passagens, São Paulo faz uma distinção óbvia entre os postos dos clérigos e leigos (cf. I Cor. 04:01, I Tm. 4:06, Colossenses 1:7, e outros). Ele não se opôs às ordenanças do Antigo Testamento em relação aos cabelos e barbas, pois, como já observamos acima, ele observou que, assim como Nosso Senhor, que é representado em todas as ocasiões com o cabelo comprido e barba como o Grande e Sumo Sacerdote que encobre o novo sacerdote cristão.



Em nossa passagem anteriormente observada, A própria natureza não vos ensina que é uma desonra para o homem usar cabelo comprido?” (I Coríntios. 11:14) São Paulo usa a palavra grega para "cabelo". Esta palavra especial para o cabelo designa cabelo como um ornamento (a noção de comprimento sendo apenas secundária e sugerida), diferindo do [Gr.] thrix (o termo anatômico ou físico para o cabelo). [1] A seleção das palavras de São Paulo enfatizam seu criticismo aos leigos usando seus cabelos em uma estilizada moda, que foi contrário ao piedoso amor à modéstia judaico-cristã. (*n.t. conforme citei anteriormente nosso povo, homens e mulheres tem adotado práticas pagãs de se tatuarem e perfurarem o corpo com brincos e piercings) Notamos a mesma abordagem para o cabelo como o de São Paulo no cânone 96 do Sexto Concílio Ecumênico, onde ele afirma: "Aqueles, portanto, que enfeitam e arranjam o cabelo para o detrimento de quem os vê, que é por entrelaçarem dividindo-os engenhosamente, e por este meio colocam uma isca na forma de almas instáveis. " [2]



Em outra fonte, The Eerdmans Bible Dictionary, lemos o seguinte a respeito da prática do Antigo Testamento: "Até certo ponto, o estilo do cabelo era uma questão de moda, pelo menos entre as classes superiores, que estavam particularmente abertas à influência estrangeira [pagã] . No entanto, o cabelo longo parece ter sido a regra entre os Hebreus (cf. Ez 08:03.), ambos homens e mulheres "[3] (cf. Cant 4:1; 7:5). Assim, observamos que cabelos cortados ou estilizados era a moda entre os pagãos e não aceitável, especialmente entre a maioria do clero cristão da maioria dos tempos antigos até os nossos contemporâneos quebrarem com a Santa Tradição. É interessante notar que a moda de cabelo cortado ou estilizado e barba raspada encontrou seu caminho na Igreja Católica Romana e no mundo protestante. Tão importante esse costume pagão ter vindo pelo clero Romano que no século 11 foi listado entre as razões para o Anátema pronunciado pelo Cardeal Humberto em 15 julho de 1054 contra o Patriarca Miguel em Constantinopla que precipitou na queda da Igreja do Ocidente para fora da Igreja Ortodoxa: "Enquanto usando barbas e cabelos longos você [Ortodoxo Oriental] rejeita o vínculo de fraternidade com o clero Romano, desde que eles raspam a barba e cortam o cabelo." [!] [4]


Igúmeno Lucas

Notas finais

* Nota do Webmaster: No artigo original as notas de rodapé 2 e 3 foram invertidas no texto e notas de rodapé.

1) Joseph Thayer DD, A Greek-English Lexicon of the New Testament, p. 354.

2) The Rudder, trad. por D. Cummings, p. 403.

3) A.C. Myers ed., The Eerdmans Bible Dictionary, p.455

4) N.N. Voekov, A Igreja, Rússia e Roma, (em russo), p. 98.

De Orthodox Life, vol. 45, n º 5 (setembro-outubro 1995), pp 41-43.


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CABELOS SEM CORTES E BARBAS DO CLERO


Vocês muitas vezes afirmam que o clero não deve cortar os cabelos e barbas. Há cânones da igreja para apoiar isso e certamente faz parte da Tradição da Igreja. Mas você também sabe que São Paulo diz que os homens não devem ter cabelos longos e que certos cânones da igreja mesmo permitem a um monge que está com o cabelo muito longo cortá-lo, bem como cortar o seu cabelo quando ele está longe do mosteiro. Eu gostaria de sua orientação sobre esta aparente contradição na tradição. (Fr. J.K., MA)
Seu comentário é inteligente e não declara, como é frequentemente o caso, procurar dispensar uma difícil disciplina - os cabelos e barbas não cortados do clero ortodoxo-, colocando falsas contradições na prática. A tradição de manter o cabelo e a barba não cortada entre o clero monástico e casado, sem dúvida, remonta aos ascetas do deserto. Assim como a prática monástica tem influenciado o culto da paróquia, o vestido monástico e o preparo têm desempenhado um papel observado ​​no estabelecimento do padrão para o vestido clerical entre os sacerdotes casados. Exceto entre ortodoxos "ocidentalizados", com seus preconceitos anti-monásticos, essa influência pelo barómetro da vida espiritual, o estado monástico, no então chamado clérigo "secular" foi sempre pensamento positivo.


Desde uma renúncia ascética monástica ao corte do seu cabelo e barba, a fim de evitar a vaidade, este costume tem um propósito prático. Assim, é óbvio que um monge também evitar olhar efeminado ou estilizar seus cabelos. É por esta razão que, se o seu cabelo fica muito longo, de tal forma que se assemelha ao de uma mulher, um monge pode pedir seu superior para cortá-lo. Quando ele sai para o mundo, também, ele deve, em tais circunstâncias, aparar seu cabelo e mantê-lo amarrado atrás, como é o costume grego e algumas Igrejas eslavas. Isto está de acordo com o espírito da exortação de São Paulo contra os homens terem cabelo comprido como o de mulheres, quando esta admoestação é lida no seu contexto.


O que devemos entender, aqui, é que o corte de cabelo em todos estes casos não significa nada mais do que cortar o cabelo que cai abaixo do meio das costas. Nós não estamos falando a respeito do corte de cabelo moderno, que é, de fato, o equivalente à profanação da cabeça que levou à perda da força e poder de Sansão. Aos clérigos são, portanto, injustificado cortarem seus cabelos no estilo moderno, que é quase desconhecido na história cristã, até séculos recentes. Em relação à barba, o Antigo Testamento, os Pais da Igreja, e os Cânones proibem um padre cortar a barba. Uma das observações feitas pelos ortodoxos contra os Papas durante as uniões dos concílios (e repetida por um número de Pais ortodoxos nos tempos modernos) foi que, como eles começaram a desviarem-se da Fé Apostólica, eles também, estranhamente, começaram a se barbearem. Além disso, não só não deve os clérigos se barbearem, mas de acordo com várias autoridades da Igreja, mas muitos homens santos, como São Cosme Aitolos, sustentam que os leigos devem deixar suas barbas, ou pelo menos um bigode, crescer naturalmente.

S. Cosme de Etolia.

Tudo isso é claro que não significa que um clérigo ortodoxo não deve ser limpo e bem preparado. Os Cânones permitem o corte do bigode (principalmente com a finalidade de assegurar o cuidado em tomar a Santa Comunhão) e, certamente, por econômia um sacerdote pode aparar a barba um pouco, se ele tem que manter um emprego secular. 


Cabelos longos devem ser amarrados nas costas ou dobrado sob a gola, razão pela qual raramente apresenta um problema para um sacerdote que trabalhando, realmente deseje cumprir a exatidão canônica. (*n.t. razão à qual o clero tradicional afastou-se dos modernistas, a falta de observância canônica e depois ousarem sem nenhum temor a Deus que há de nos julgar se auto-entitularem canônicos e ortodoxos, que significa que seguem a correta Fé que consiste em crer correto e agir correto, Ortodoxia e Ortopraxia) (E para o sacerdote, aqui, queremos dizer, é claro, tanto Presbítero e o Diácono.) Tampouco defendemos que uma barba e cabelos não cortados são os sinais da certeza de um bom padre. Eles são, como Bispo Crisóstomo de Etna sempre nos diz, nem mais nem menos importante para um sacerdote que "as penas são para um pássaro."


Finalmente, em antecipação àqueles que se opõem às disciplinas canônicas colocadas ao clero ortodoxo, vamos reconhecer que alguns monges, na história da Igreja, mantiveram uma tonsura que envolveu o corte de cabelo no topo da cabeça.
S. Leão III, Papa e confessor contra a heresia do Filioque

Este foi um dos muitos costumes que não durou, e não é um argumento contra a tradição viva da Igreja como tem sobrevivido até hoje, das quais atribui aos monges e clerigos "seculares" igualmente como a disciplina de deixar o cabelo e a barba sem cortes, esta disciplina, combinada com a adesão ao vestido canônico do clero (na Igreja, na rua, e em casa), é um poderoso impedimento contra o comportamento inadequado por parte dos sacerdotes, (*n.t. ver “Vestimenta Clerical” e “As 7 excelências do uso da batina”) que deveriam ser exemplos morais para o povo, e fornece uma testemunha viva da natureza peculiar ao povo de Deus, os Cristãos.


S. TIKON E APARÊNCIA CLERICAL





Quando o Patriarca S. Tikon foi bispo nos Estados Unidos no início deste século, ele ordenou a seu clero fazer a barba e usar a veste clerical ocidental. O que isso diz de seu vestido "tradicional"? (J.K., NJ)

Nós temos visto apenas uma directiva atribuída a São Tikon sobre este assunto, e de modo algumas "ordens" ao clero na América sob sua jurisdição a abandonar o tradicional vestido ortodoxa e aparência. Também é conhecido que o falecido Pe. Georges Florovsky contestou a autenticidade da presente directiva. Seja qual for o caso, S. Tikon falou abertamente de uma distinção entre o "essenciais" e "acidentais" da Fé, permitindo uma série de inovações, incluindo algo na aparência clerical. Uma distinção do tipo feito pelo santo é atípico na Ortodoxia, em que os "externos" (questões do acidente aparente) são pensados ​​e refletidos e são inseparáveis de uma "interna" (ou essencial) realidade. S. Tikon é claro, abraçou esse princípio, e seu desvio do que apenas implicou acomodações práticas exigidas pelas dificuldades face ao início da imigração Ortodoxa para a América. É desonesto e um insulto para a memória do santo que a sua utilização justificável de econômia no que era então relativamente uma nova missão é agora invocado como um padrão da prática ortodoxa em uma Igreja local, que está a mais de dois séculos.
Da Orthodox Tradition, vol. XII, No. 3, pgs 19-21.



ST. NICODEMOS O AGUIORITA COMENTA O CANON 96 DO 6º CONCÍLIO ECUMÉNICO

*N.t – Aguiorita vem do grego aguios = santo e oros = montanha, o que significaria da Santa Montanha, vulgarmente chamada pelos paganistas de Monte Athos.

Os demais também incorrem em excomunhão neste Cânon, de acordo com Zonaras, que não se coloque uma navalha em toda a sua cabeça, nem corte o cabelo de sua cabeça, mas deixe-o crescer o suficiente para chegar ao cinto como das mulheres, e aqueles que colorem seus cabelos, de modo a torná-los loiro ou dourado, ou que torcê-os e amarrá-os em derrames, a fim de torná-lo encaracolado, ou que colocam perucas ou "ratos" na cabeça. Esta excomunhão é incorrida também para aqueles que raspam a barba, a fim de tornar seu rosto liso e bonito após tal tratamento, e não tê-lo crespo, ou a fim de parecer em todos os momentos como eternos jovens, e aqueles que chamuscam os cabelos da barba com uma telha em brasa, a modo a remover qualquer que seja o maior do que do resto, ou mais tortos, ou que use uma pinça para arrancar os pêlos supérfluos em seu rosto, a fim de se tornarem sensíveis e parecerem bonitos, ou que tingem suas barbas, para não parecerem velhos. Esta mesma excomunhão é constituída também para aquelas mulheres que usam rouge e pintura em seu rosto, para ficarem bonitas, e desta forma a atrair os homens ao lhe verem para o seu amor satânico. Ah, e como as mulheres miseráveis ​​têm a audácia de macular a imagem que Deus lhes deu com o seu ímpio embelezamento!Ah! como Deus reconhece-as e diz a elas suas próprias criaturas e imagens, no momento em que elas estão vestindo uma outra face que é diabólica, e outra imagem, que é a de Satanás? Por isso, é que São Gregório o Teólogo diz o seguinte em seus versos épicos:



"Construa a si mesmas não torres de tranças falsas em suas cabeças, mulheres,

Enquanto acariciando o macio pescoço das rochas invisíveis;
Nem apliquem tintura vergonhosa para as formas de Deus,
Tão como usar máscaras, e não faces.
Para que Deus retribua por tais coisas, e não guarde rancor quando Ele vier.
Quem? Onde está o Criador? Avante, vai-te longe de mim, mulher estranha!
Eu não pintei a ti uma cadela, mas criei uma imagem de mim mesmo.
Como é que eu tenho um ídolo, um fantasma em vez de um amigo? "

E a pobre coitada não sabe que ela esta fazendo, ela esta conseguindo apenas fazer-se como a bruxa e prostituta chamada Jezebel (II Reis 9:30), e são elas próprias a tornarem-se novas e segundas Jezebels, porque ela também usando pintar seu rosto, a fim de agradar aos olhos dos homens, apenas como está escrito: “Jeú fez a sua entrada em Jezrael. Jezabel, ao sabê-lo, pintou o rosto, adornou a cabeça e pôs-se a olhar, à janela.” (ibid. ). Então todos os homens e todas as mulheres que fazem tais coisas estão excomungados pelo presente Concílio Ecumênico. E essas coisas são proibidas a serem feitas pelos leigos em geral, quanto mais estão proibidos, eles clérigos e aqueles em ordens sagradas, que devem por sua fala e pelo seu comportamento, e pela decência e simplicidade externa des suas vestes, e de seus cabelos e barba, ensinarem aos leigos a não serem amantes do corpo e exquisitos, mas a amantes da alma e da virtude. Note que o presente cânon censura também os sacerdotes dos latinos que rapam os seus bigodes e barbas e que se parecem com homens muito jovens e noivos bonitos que tem rosto de mulheres. 

Deus proíbe os homens leigos em geral, rasparem a barba, dizendo: "... nem danificareis as extremidades da tua barba." (Lv 19:27). Mas Ele proíbe especialmente àqueles em ordens sagradas rasparem suas barbas, dizendo a Moisés para contar os filhos de Aarão, ou, em outras palavras, os sacerdotes, para não raspar a pele do seu queixo barbudo (Lv 21:5). Ele não só proibe isso em palavras, mas Ele mesmo apareceu a Daniel, com bigodes e barbas como o Ancião dos Dias (Dan. 7:9),
 e o Filho de Deus usava barba, enquanto ele estava vivo na carne. E os nossos antepassados, Patriarcas, Profetas e apóstolos, todos usavam barbas, como é claramente evidente a partir das suas imagens mais antigas pois eles são pintados com barbas. Mas, mais para o ponto, mesmo os santos na Itália, como Santo Ambrósio, o pai dos monges S. Bento, S. Gregório do Diálogo, e o resto, todos tinham barbas, como elas aparecem em seus quadros pintados na igreja de S. Marcos, emVeneza. Por que, mesmo o juízo da correta razão aponta que o corte da barba é impróprio. Pois a barba é o que diferencia no que diz respeito à aparência de um homem e uma mulher. É por isso que um certo filósofo, quando perguntado por que ele deixou crescer a barba e bigodes, ele coçou a barba e bigodes e respondeu que ele sentiu que ele era um homem, e não uma mulher. Aqueles homens que raspam a barba não são possuidores de um rosto másculo, mas de um rosto feminino. Por isso, foi que Epifânio culpou os Massalianos por cortarem suas barbas, que é o rosto peculiar ao homem distinto da mulher. Os apóstolos em suas Injunções, Livro I, cap.3, manda que ninguém pode destruir o cabelo de sua barba, e alterar o semblante natural do homem em um que não é natural. "Pois", diz, "Deus, o Criador fez isto ser para as mulheres, mas julgou estar fora de harmonia com os homens." A inovação de raspar a barba surgiu na Igreja Romana um pouco antes de Leão IX, Gregório VII recorreu até mesmo à força, a fim de fazer bispos e clérigos rasparem suas barbas. 


Corpo de cera de Gregório VII + 1085 
Ah, que visão mais feia e mais repugnante é ver de perto o sucessor São Pedro rapado, como dizem os gregos, como um "bom noivo", com esta diferença, no entanto, é que ele usa uma estola e um pálio, e senta no banco principal entre um grande número de outros homens como ele em um concílio chamado o colégio dos cardeais, enquanto ele próprio é denominado o Papa. Os papas barbudos ainda não se foram extintos após o insano Gregório (*n.t. o 7º supra citado), uma testemunha deste fato é o Papa Gelásio II que deixou crescer a barba, como se afirma em sua biografia. 
Papa Gelasio II + 1119
Veja o Dodecabiblus de Dositeu, pgs 776-8. S. Meletius o Confessor (no ítem 7, sobre os pães ázimos) afirma que um Papa determinado pelo nome de Pedro por conta de seus atos lascivos foi preso pelo rei e metade de sua barba foi raspada fora como "uma marca da desonra. 
S. Meletios o confessor de Antioquia + 381

De acordo com outra autoridade, em outros templos também haviam príncipes, mesmo na lista sacerdotal, que tinham uma barba, como em Leipzig eles são vistos pintados após Martinho Lutero na igreja chamada S. Paulo e que chamou S. Tomé. Eu vi as mesmas coisas também  em Vladislávia. 


De The Rudder, pgs. 403-405. 

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Attikis, Greece
Sacerdote ortodoxo e busco interessados na Santa Fé, sem comprometimentos com as heresias colocadas por aqueles que não a compreendem perfeitamente ou o fazem com má intenção. Sou um sacerdote membro da Genuina Igreja Ortodoxa da Grecia, buscamos guardar a Santa Tradição e os Santos Canones inclusive dos Santos Concílios que anatematizam a mudança de calendário e aqueles que os seguem, como o Concílio de Nicéia que define o Menaion e o Pascalion e os Concílios Pan Ortodoxos de 1583, 1587, 1593 e 1848. Conheça a Santa Igreja neste humilde blog, mas rico no conteúdo do Magistério da Santa Igreja. "bem-aventurado sois quando vos insultarem e perseguirem e mentindo disserem todo gênero de calúnias contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos pois será grande a vossa recompensa no Reino dos Céus." "Pregue a Verdade quer agrade quer desagrade. Se busca agradar a Deus és servo de Deus, mas se buscas agradar aos homens és servo dos homens." S. Paulo. padrepedroelucia@gmail.com