Traduzido pelo Presbítero Pedro Anacleto
a) Na perseguição sucedia que um pagão se confessava repentinamente cristão. O martírio (batismo de sangue) substituía então o sacramento do batismo e toda outra preparação externa. Mas os cristãos, pelo regular, observavam o princípio de "guardar bem o arcano do rei" (cf. 1Tim 3:9; Dn 2:18ss) e a ninguém familiarizavam plenamente com os santos mistérios sem depois de uma suficiente preparação. Como é natural, esta instrução foi com o tempo diferenciando-se e complicando-se. Ao princípio, a profissão de Fé pode muito bem reduzir-se a uma só frase, a do centurião ao pé da cruz: "Verdadeiramente este era Filho de Deus" (Mt 27:54). À medida que a doutrina foi sendo fixada, explicada pela teologia e ameaçada pela heresia, teve que ater-se mais estrictamente às directrizes assinaladas.
b) Durante o tempo de preparação para a entrada na Igreja (= catecumenato) os catecúmenos só podiam assistir à primeira parte da missa; não eram admitidos à celebração da comunhão. Depois das tristes experiências com os muitos lapsi e quando começou a esfriar-se o fervor religioso (como insistentemente lamenta Orígenes) e os gnósticos começaram a difundir suas doutrinas errôneas, a Igreja se volveu mais cautelosa na admissão de novos membros; o tempo de preparação, antes breve, se prolongou (arcani disciplina, disciplina de arcano); só aos iniciados se os ensinavam todos os mistérios e todas as orações (símbolo, pai-nosso e cânon da missa) e o sentido das palavras e sinais misteriosos. Depois de fazer a profissão de Fé (substancialmente nosso actual símbolo dos apóstolos,
Em latim:
Credo in Deum Patrem omnipotentem, Creatorem caeli et terrae,
et in Iesum Christum, Filium Eius unicum, Dominum nostrum,
qui conceptus est de Spiritu Sancto, natus ex Maria Virgine,
passus sub Pontio Pilato, crucifixus, mortuus, et sepultus,
descendit ad ínferos, tertia die resurrexit a mortuis,
ascendit ad caelos, sedet ad dexteram Dei Patris omnipotentis,
inde venturus est iudicare vivos et mortuos.
Credo in Spiritum Sanctum,
sanctam Ecclesiam catholicam, sanctorum communionem,
remissionem peccatorum,
carnis resurrectionem,
vitam aeternam.
Amen.
Em português: 1. Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra;
2. e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
3. que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da virgem Maria;
4. padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado;
5. desceu aos infernos; ressuscitou ao terceiro dia;
6. subiu aos Céus; está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso,
7. de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
8. Creio no Espírito Santo,
9. na Santa Igreja católica, na comunhão dos Santos,
10. na remissão dos pecados,
11. na ressurreição da carne,
12. na vida eterna.
Amém.
já no século I), os catecúmenos eram admitidos pelo batismo na Igreja. O batismo se administrava solenemente, depois de um tempo de jejum preparatório, na noite da Páscoa e de Pentecostes pela imersão (mergulho completo), e a ser possível na água corrente, ainda que também por infusão, traçando o sinal da cruz em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, NT. Mergulhando a cada pessoa da Santíssima Trindade, ver Cânones Apostólicos 47, 49, 50 e o comentário do Rvmo Bispo Gregory Grabe que remete a Santo Ambrósio que explica o batismo ser o sepultamento em Cristo em seus 3 dias no seio do túmulo, o que o protestantismo distorce sem base histórica e teológica fazendo somente uma imersão na morte com Cristo para Ressurreição em Cristo. Alguns diferiam a recepção do batismo por longo tempo; outros inclusive até ao fim de sua vida, para poderem morrer em estado de absoluta pureza; outros, enfim, por falta de seriedade moral.2. Até o ano 400, o batismo das crianças está pouco documentado. O Novo Testamento não o menciona, portanto refere-se a ele quando se diz que alguém acreditou e se fez batizar com "toda sua família" (Atos 16:15.33).
Este é um dos casos em que o Novo Testamento, por falta de precisão, nos deixa perplexos, quando uma indicação clara a este respeito haveria salvo à cristandade de infinitas dificuldades e travas em seu desenvolvimento. Mas o crescimento do reino de Deus obedece a grandes leis fundamentais, e isto é o contrário de uma fixação literal inicial de todos os detalhes. Tampouco não consta em nenhuma parte que havia sido escrito tudo o que pregou Jesus e seus apóstolos. Orígenes, por exemplo, invoca uma tradição apostólica que não está transcrita. Assim, pois, há que tomar a sério a evolução na Igreja: a prometida condução à verdade completa pelo Espírito Santo deixa o caminho aberto para que certas revelações, contidas em gérmen ou implicitamente na pregação de Jesus, no transcurso do tempo e sob a guia do Espírito Santo se condensem em fórmulas mais explícitas. A pregação do batismo já todo ele envolto na Fé, que tudo o sustém; portanto, se dirige aos adultos. E, sem embargo, o mandato do batismo é para todos.
Os batizados eram imediatamente admitidos à santa comunhão e recebiam logo a imposição das mãos do bispo (confirmação). Assim, Pedro e João chegaram a Samaria e "impuseram as mãos" aos que haviam sido batizados por Felipe "e estes receberam o Espírito Santo" (Atos 8:17). Tertuliano, a fins do século II, e Cipriano, a meados do século III, conhecem também esta conexão, que todavia hoje se mantém vigente na Igreja oriental.
3. Uma vez que os cristãos se separaram da comunidade judia e se abstiveram do serviço do templo, organizaram seu serviço divino seguindo o modelo judeu: leitura das Sagradas Escrituras e pregação (assim, Paulo, Atos 20:7ss); a isto se adicionava a "fração do pão," ou seja, a celebração eucarística da ceia do Senhor. Algumas indicações sobre a liturgia da Igreja primitiva se dão na passagem escriturística recém mencionada. Apartir do século III (longa paz, suficientes bens das comunidades, importantes relações políticas), a Igreja teve seus próprios edifícios de culto.
Tudo o que sabemos do serviço litúrgico dos cristãos nos séculos I e II evidencia uma grande sobriedade e sensibilidade, que armoniza perfeitamente com a atmosfera dos evangelhos e em especial com a linguagem de Jesus. Até que não penetra o sentir e pensar helenista (cf., por exemplo, Clemente de Alexandria e Orígenes) não cresce o pathos. A ceia se recebia sob as duas espécies de pão e vinho. Entre os elementos consagrados Justino também menciona a água. O pão sagrado se dava aos comungantes N.T. na boca primeiro o Corpo e depois o Sangue (em tempos de perseguição se o levavam às casas. Aos que estavam interditados de comungarem e para aqueles que comungavam dava-se o pão bento, antidoro, na mão e para que levassem para casa, conforme cita Santo Agostinho). A celebração da santa ceia tinha lugar ao anoitecer. Para evitar os inconvenientes que se produziam por uma excessiva prolongação durante a noite, já no século II se mudou para a manhã.
4. Já na Doutrina dos doze apóstolos, a chamada Didaké (toda, o mais tardar na primeira metade do século II), a celebração se conhece com o nome de sacrifício (cf. também Ignácio de Antioquia). A si mesmo, outros mestres dos séculos II e III, como Justino, Irineu ("o novo sacrifício da nova aliança"), Clemente de Alexandria e muitas vezes o inesgotável Tertuliano, ratificam esta doutrina. Algumas de suas afirmações não expressam o carácter sacrificial com tanta exactidão como o fazem as palavras da instituição de Jesus na véspera de sua paixão 57 e as de Paulo 58 com sua essencial relação com a morte do Senhor. Nem sempre é seguro que com a palavra "sacrifício" se entenda a celebração, e não as oferendas apresentadas e destinadas ao ágape (N.T. refeição de confraternização entre os cristão depois da celebração). Mas à luz da pregação neotestamentária, de todos conhecida, os textos trazem suficiente clareza. Em Irineu a afirmação é totalmente categórica.
A ulterior evolução da liturgia foi assim: ao princípio existia uma forma fundamental dupla: por uma parte, a ceia cultual propriamente dita na vigília do domingo, e logo, na manhã do domingo, uma liturgia da palavra e da oração. No Oriente só se tinha missa aos domingos; no Ocidente a teve muito logo também nos dias laborais. Até o ano 200 se celebrava a missa diária em alguns lugares; o sabemos por Orígenes e Cipriano. A celebração do sacrifício se continuava originariamente com um verdadeiro banquete, o ágape (cf. a este respeito Paulo, 1Cor 11:20ss, e Orígenes contra Celso). Este banquete começou muito logo a ser separado da celebração do sacrifício propriamente dito. Contudo, se manteve até o século IV. Quando a celebração do sacrifício foi transladada da vigília à manhã, foi naturalmente unida à liturgia da palavra, até então celebrada à parte. Era um antigo costume que cada um trouxesse o necessário para o banquete cultual. Também fazia isto a primitiva comunidade cristã; daqui provém o ofertório.
Ainda que os dons e a oração do homem intervinham na oração sacra, sem embargo, por "sacrifício da nova aliança" em geral não se entendia um sacrifício feito por obra do homem: o sacrifício incruento é a actualização do único sacrifício da cruz de Cristo. É Cristo quem se oferece a Si mesmo ao Pai celestial. Sacerdote e comunidade só são instrumentos, ocasião, lugar desta ceia comemorativa.
5. Para a celebração da eucaristia só existiam umas diretrizes gerais, algo assim como um esquema, a que todos se atinham fielmente; sem embargo, o bispo celebrante podia, e devia, formular livremente as orações. O que importava era o conteúdo e o sentido, no texto estereotipado 59. Só mais tarde (ainda que esporadicamente já em princípios do século III) se empregaram exclusivamente textos já preparados.
a) A língua litúrgica dos primeiros séculos foi o grego. Resultava evidentemente que as orações deviam ser entendidas pelos celebrantes. Dado que o cristianismo em Roma, por exemplo, havia penetrado principalmente em círculos procedentes do Oriente (da sinagoga helenista de Antioquia?), também ali o oficio divino se celebrava em grego (assim como na Armênia se celebrava em armênio no Egito em copta, Síria em aramaico). Quando o latim chegou a ser a linguagem usual universal, a liturgia, sem problemas, não adotou imediatamente; como língua litúrgica só se impôs em Roma a partir do século IV.
É importante notar quão fortemente se expressava a unidade da comunidade na celebração de um único sacrifício pelo único bispo. Da igreja principal se levava o Corpo de Cristo (Pão Consagrado) às restantes igrejas. Mais tarde, nas grandes cidades houve várias igrejas principais (em Roma as chamadas igrejas titulares).
b) Também para a liturgia cristã, tal como a celebrava a Igreja primitiva, vale dizer que se havia cumprido o tempo, que Jesus havia trazido a plenitude e que a liturgia cristã participava do prometido crescimento, alimentada pelo solo pátrio das diversas culturas em cujo âmbito se celebrava. Ao desenvolvido do culto dos judeus, Jesus o aperfeiçoou, por uma parte, espiritualizando-o e, por outra, verificando uma conexão essencial muito maior com a graça divina, ou seja, mediante sua doutrina da oração em espírito e em verdade e mediante a última ceia como banquete sacrifical, como comida, redentora e vivificadora, de seu corpo e de seu sangue. Pelos mistérios, pelas comidas mistéricas e pela união mística e física com a divindade que ali celebravam, podiam os pagãos chegar a compreender o culto cristão. E, ao contrário, também daquelas prácticas podia aproveitar-se muito não só para realçar o aspecto externo e a ornamentação, senão também para aprofundar com ajuda dos símbolos. Em efeito, a Igreja volveu a efectuar uma sabia síntese: aceita o mundo imaginativo místico, carregado de conceito e sentimento, e junto anuncia uma fé determinada, formulada em mistérios e dogmas, mas também apresentada em um culto rico e sugestivo.
6. A festa cristã desde sempre, e a única durante muito tempo, era a festa da Páscoa, que durava cinqüenta dias. O mistério pascoal constituía também o verdadeiro carácter festivo do domingo. Pentecostes também pertencia a ela. Só no século IV foi pouco a pouco tomando forma o calendário cristão; se adicionaram os dias comemorativos dos mártires, a Natividade do Senhor e a festa oriental da Epifanía.
a) O significativo e característico da oração litúrgica da Igreja primitiva é o posto que Cristo ocupa nela, a orientação fundamental das orações. Estas se dirigem quase exclusivamente ao Pai, destacando em sua formulação o posto mediador do Filho ("por Cristo nosso Senhor"). Só as controvérsias arianas do século IV deram origem a uma mudança radical.
Não há que duvidar da característica geral da antiga oração litúrgica; esta, é a diferença da oração moderna individualista, é "objetiva," concisa, está cheia de uma íntima e sossegada "contemplação."
Os cristãos santificavam o dia mediante a oração freqüente. O mandato do Senhor de orar continuamente (Lc 18:1) se cumpria em suas vidas, e mais que nada em uma atitude de fé que impregnava toda sua vida de amor a Deus e ao próximo e a mantinha em união com o Senhor. Mas, segundo nos refere Tertuliano, os cristãos de sua época no norte da África cumpriam este preceito ao pé da letra. O mesmo conta que, faziam ao menos três tempos de oração diária 60, todo tipo de ação o iniciavam ou acompanhavam com o "pequeno sinal" (sinal da cruz na frente). O sinal da cruz feito com a Fé encerra para ele uma autêntica força milagrosa, e por ele está convencido de poder superar até a enfermidade e o veneno.
Uma forma especial de celebração religiosa era o jejum. Se jejuava às quartas-feiras e às sextas-feiras de todas as semanas (dias sazonais) 61 e nos dias que precediam imediatamente à Páscoa. No século III se iniciou o jejum de quarenta dias. (N.T. 4as feiras, em sentimento e respeito a Cristo ter sido traído por Judas Iscariótes e na 6ªs feiras pela Crucifixão de Cristo).
b) O serviço litúrgico foi durante muitos séculos a autêntica, e às vezes a única, forma de pastoral. Todavia ao término da Antigüidade cristã era inteligível para todos, tanto na linguagem como nos ritos. As leituras da missa dominical e do serviço litúrgico cotidiano, matutino e vespertino, todas as comunidades descobriam as Sagradas Escrituras. A comunhão foi, pelo menos no Ocidente, ainda por longo tempo coisa de todo o povo.
7. Para a formação dos presbíteros e bispos titulares e dos nascentes ministérios menores, a dizer, para o que hoje chamaríamos a formação do clero, houve vários ensaios em diversas regiões do ecumene. Para a pregação pastoral propriamente dita podemos supor que os designados elegeriam companheiros que, parte por suas pregações, parte pelo cuidado pessoal com elas, estavam já iniciados na revelação, assim como Marcos era companheiro de Pedro ou como Paulo nomeia alguns de seus colaboradores. Por outra parte, no âmbito da cultura romano-helenista, como também no judaísmo, todo o mundo estava familiarizado com a idéia de uma especial formação na ciência divina. Era natural que a Igreja aproveitasse esta possibilidade. Em conseqüência, já a partir do século II nas igrejas maiores havia escolas de catequistas, que indirectamente serviam também para a instrução do clero (intelectualmente estavam ao máximo nivel: Alexandria, Edessa, Antioquia, § 15).
A glória das primeiras comunidades cristãs era a pureza de costumes e o amor fraterno. De ambas as coisas, temos comovedoras descrições nos escritores cristãos (Atos dos Apóstolos, os apologetas) e pagãos (Plínio, Trajano, Luciano, Galeno). Esta moralidade não somente era muito maior que a dos pagãos; era algo diferente: uma militia Christi; seu caritas era um estar arraigado no Senhor e fazer o bem a Ele nos que sofriam (Mt 26:30-46). Como soldados seus, os cristãos lutavam contra o demônio, contra as paixões e o erro, e estavam vigilantes. O cuidado dos irmãos estava organizado (cf. Rom 16:1; 1Tim 5:9 e Atos 4:35; 6:2ss, entre outros); e havia uma especial preocupação pelos que sofriam pela causa da fé. Também os pagãos conheciam o nome do irmão, mas apenas nada do verdadeiro amor fraterno.
8. Quando se deteriorava a moral, a penitência eclesiástica cumpria sua função expiatória. Para os pecados graves (apostasía, homicídio, adultério) havia uma confissão pública (exomologisis) e uma penitência pública 62. A confissão na Antigüidade cristã não estava nem muito menos tão individualizada e desgarrada da disciplina geral da Igreja como o tem estado depois até hoje. O conceito da essencial santidade da Igreja estava todavia muito profundamente presente na consciência dos cristãos. Às vezes chegou a discutir-se vivamente, se por trás de uma queda grave é possível reconciliar-se mais de uma vez (cf. § 17). Os penitentes públicos não recebiam a Sagrada Comunhão. O tempo da penitência se abreviava às vezes pela intercessão de confessores ou mártires 63). A readmissão (reconciliatio) tinha lugar no Sábado Santo.
Ao lado desta práxis penitencial "oficial," à que todo cristão estava submetido, se desenvolveu, particularmente no monacato ou na conexão com ele (cf. § 32), a possibilidade de uma direção espiritual pessoal: o oprimido ou abatido por seus pecados se dirigia em busca de conselho, ajuda e intercessão a seu pai "espiritual," que o encaminhava à penitencia e com ele ao perdão da culpa. Aqui não se buscava o poder sacramental, senão o enriquecimento espiritual particular: ao princípio os monges eram em sua maioria leigos. Se compreende que em torno à prática da penitência e ao poder de perdoar os pecados surgissem muitas desavenças entre monges e sacerdotes (sobre tudo no Oriente); a confissão auricular, em sua forma fixada mais tarde, tende a abarcar ambas as coisas: a direção espiritual e conselho pessoal e o perdão sacramental.
57."Que se dá para a remissão dos pecados...pelos apóstolos e por muitos"; "Corpo e Sangue da nova e eterna aliança" (Mt 26:28ss; Mc 14:22ss; Lc 22:19ss).
58 "Corpo e Sangue do Senhor" (1Cor 11:23ss).
59 Em todas as partes aparece o relato da instituição no centro da celebração do ceia, como também a petição da actuação consacratória do Espírito Santo (epiclésis) e a recordação da paixão, ressurreição e ascensão do Senhor (anamnésis), ao qual ainda se adicionavam orações pela aceitação das oferendas e preces pelos vivos e defuntos.
60 A Didaké também nos fala de uma oração rezada três vezes ao dia (a do pai-nosso).
61 A expressão está tomada da linguagem militar = o dia em que um está de guarda espiritualmente (statio). A liturgia estacional era a que se celebrava nas diversas "estações," pelo turno nas diversas igrejas de Roma, presidida pelo papa ou um de seus vigários.
62 Sempre que se tratasse de pecados públicos, esta confissão era, desde cedo, individual. Se descute se, fora deste caso, havia também uma confissão pública individual. Leão I, em um decreto oficial, se pronunciou muito duramente contra o costume de ler publicamente os pecados de cada um dos penitentes; o estado de consciência particular basta com dá-lo a conhecer aos presbíteros em uma "confissão secreta" (Poschmann).
63 Esta intercessão existia também em forma escrita, isto é, ao penitente se o entregava um libellus pacis.